Estudo chinês diminui rinite em crianças com a ajuda de acupuntura

Após dois meses de tratamento, sintomas diminuíram e crises ficaram menos freqüentes.Produção de anticorpos ligados à alergia também diminuiu nos pacientes.

Um trabalho científico realizado em Hong Kong mostra que a acupuntura pode ser uma arma eficiente na diminuição dos sintomas de rinite em crianças. O trabalho comparou os efeitos de oito semanas de tratamento com acupuntura avaliando a diminuição dos sintomas, número de dias sem sintomas e alguns testes laboratoriais para alergias. As crianças foram divididas em dois grupos sendo que um recebeu tratamento real com acupuntura e o outro passou por sessões que simulavam a acupuntura real.

Os resultados após o período de dois meses foram positivos no grupo da acupuntura do ponto de vista clínico com melhora dos sintomas e períodos maiores sem crises. Os testes laboratoriais mostraram a diminuição da produção de anticorpos típicos de pacientes alérgicos sem alterações significativas entre os dois grupos nos outros exames de laboratório. A discussão sobre a utilização da acupuntura sempre se ressentiu da ausência de pesquisas realizadas com critérios científicos mais rigorosos.

O trabalho apresentado na revista "Pediatrics" utilizou uma metodologia científica adequada. Apesar de avaliar um numero reduzido de pacientes, cerca de cem, mostra que pesquisas maiores devem ser realizadas para a avaliação da acupuntura no tratamento de crianças e adultos com fenômenos alérgicos.

ALOÍSIO FILHO

Descobridor de método de induzir células-tronco pede regulamentação .

09/01/2008

O cientista japonês Shinya Yamanaka, que ficou famoso ao descobrir a possibilidade de criar células-tronco sem a necessidade de empregar embriões, pediu nesta quarta-feira que o uso desse método seja regulamentado em função dos problemas éticos que ele pode gerar.

Durante uma conferência no Clube de Correspondentes Estrangeiros de Tóquio, Yamanaka disse que seu método está livre de problemas morais relacionados à destruição de embriões humanos e poderá ser usado, em um futuro ainda não determinado, para o tratamento de doenças como o mal de Parkinson e o câncer.

No entanto, a nova tecnologia, que foi apresentada em novembro, oferece ferramentas para criar vida humana em laboratório, um avanço que entra no campo da ética. O pesquisador concordou com a "regulamentação" porque sua descoberta pode ser usada para "fazer algo ruim", dada a relativa simplicidade da tecnologia necessária para seu desenvolvimento.

Yamanaka trabalha na Universidade de Kioto na criação de células-mãe induzidas, que têm as mesmas funções que as células-tronco, mas os cientistas não usam embriões humanos para gerá-las, ao contrário das técnicas existentes até agora, que utilizam estes embriões e os destroem.
O pesquisador japonês emprega apenas células da pele humana, de modo que desaparecem todos os problemas éticos que até agora travaram a pesquisa com células-tronco em muitos países.

FELIPE GUTEMBERG

Cientistas criam células-tronco sem destruir embrião

CHICAGO, EUA (AFP)

Cientistas anunciaram ter desenvolvido uma nova técnica, que pode permitir a criação de células-tronco humanas sem destruir o embrião, segundo um estudo divulgado pela revista americana Cell Stem Cell.Pesquisadores extraíram uma simples célula do embrião obtido em clínicas de fertilização in vitro, segundo o procedimento utilizado para realizar testes de detecção de defeitos genéticos.

Uma vez extraída a célula, inseriram uma simples molécula, denominada laminina, de maneira que esta preserve a pluripotência que caracteriza as células-tronco embrionárias.Estas células têm a capacidade de se converter em qualquer tecido do organismo e oferecem por isso a esperança de cura para várias doenças atualmente incuráveis, além da possibilidade de reparar órgãos destruídos por um câncer ou um acidente.

O embrião que passou por este procedimento não foi afetado e pôde se desenvolver normalmente.Este novo procedimento pode dar fim ao debate sobre a questão moral da utilização de embriões humanos para a pesquisa médica que, segundo as técnicas atuais, são destruídos no processo de extração de células-tronco.

O presidente americano George W. Bush proibiu em 2001, em nome da proteção da vida desde a concepção, o uso de verbas federais em pesquisas com novas séries de células-tronco embrionárias humanas.

FELIPE GUTEMBERG

Vale ultrapassa America Movil e vira maior não-estatal da América Latina

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008, 13:17

RIO DE JANEIRO - A Vale passou a ser a maior empresa não-estatal de capital aberto da América Latina em 2007, desbancando a America Movil, que ocupou a posição em 2006. A maior empresa em valor de mercado da Amércia Latina é a estatal Petrobras, informou um estudo da Economática, com 242,7 bilhões de dólares, contra os 107,7 bilhões de dólares em 2006, crescimento de 125,3 por cento. Segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira, o valor de mercado da Vale passou dos 68,6 bilhões de dólares em 2006 para 154,5 bilhões de dólares em 2007, crescimento de 125,4 por cento.

A America Movil ficou em terceiro lugar entre as 25 maiores empresas da América Latina, com valor de mercado de 104,7 bilhões de dólares, contra 79,6 bilhões de dólares em 2006. O estudo indica que 13 das 25 maiores empresas de capital aberto da região são brasileiras, uma a mais que no ano anterior, ganho que também foi registrado pelo México, que fechou o exercício passado com nove empresas entre as 25 maiores. O Chile perdeu mais representantes no ranking das 25 maiores empresas, observou a Economática, caindo de três para uma, enquanto a Argentina manteve as mesmas duas companhias de 2006.

A Bovespa Holding, a Companhia Siderúrgica Nacional e o Santander Brasil estrearam na lista no ano passado. Por outro lado, deixaram o grupo das maiores em 2007 a Telesp e a Tim Participações. Outro destaque é a mudança no setor bancário, com o Itaú perdendo posição para Bradesco, que passa a ser o maior banco de capital aberto da América Latina com valor de mercado de 61,8 bilhões de dólares.

FELIPE GUTEMBERG

Empresa familiar: nem tudo é tão simples quanto parece!

Trabalhar em família parece fácil para quem está fora da situação; porém, se esta realidade faz parte do seu dia-a-dia, aqui vão algumas dicas

É muito freqüente alguém que trabalha na empresa do pai, por exemplo, ouvir de seus amigos: belo emprego, você trabalha quando quer...
Quem já passou por essa experiência sabe que, na verdade, as coisas não são bem assim. Na maioria das vezes, trabalhando em família você acumula diversas funções e aprende muito rápido como ser um empresário.
Nestas situações, você acaba se preocupando não só com o seu trabalho, como também com o andamento da empresa, os impostos que ela recolhe, os clientes que ela ganha ou perde, seu planejamento e suas perspectivas.

Fica difícil ser objetivo

Outro desafio, talvez o maior nestes casos, é você trabalhar com seu parente vendo-o não como cônjuge, pai, ou o tio, ou quem quer que seja, mas sim como seu chefe ou companheiro de trabalho. Nessas horas é difícil adotar uma postura estritamente profissional e objetiva.
São comuns os casos de profissionais que, apesar de comprovada experiência na área de atuação, continuam sendo vistos por seus pais, tios ou parentes mais velhos, como crianças desprotegidas, que precisam de constante apoio e acompanhamento.
Reverter esse tipo de visão requer tempo e paciência, mas o bom profissional acaba, cedo ou tarde, conseguindo impor seu estilo, e visão para a empresa. A forma mais correta de alcançar esse objetivo é ser o mais profissional possível no relacionamento com parentes.

Separar dois mundos é o mais difícil

Parece fácil? Então lembre-se que aquela briga em família do almoço de domingo deverá ser esquecida na segunda-feira, pois isso faz parte do seu trabalho.
Ao mesmo tempo, a discussão da sexta-feira, em razão de opiniões opostas na condução de uma tarefa, deverão ser deixadas de lado no churrasco do sábado. Difícil, não?
Para enfrentar estas situações é muito importante que você consiga distinguir as relações familiares do seu ambiente de trabalho. Este é um grande exercício, que proporcionará a você um aprendizado valioso, que será utilizado ao longo de sua carreira. Além disso, lembre-se que, por pior que seja, você está tendo uma oportunidade de aprendizado única, e que não vale colocar isso em risco por uma pequena briga.

WENDELL DA SILVA - wendellsb1@yahoo.com.br

Funcionário de uma grande empresa está pronto para ser microempresário?

Diferença entre duas realidades é bastante grande; profissional deve estar preparado para enfrentar a nova fase, sem crise

É bastante comum que profissionais experientes, ocupantes de cargos executivos de grandes empresas e multinacionais, optem, no momento da aposentadoria, por abrir seu próprio empreendimento.
Afinal, após tantos anos de trabalho, conseguiram reunir capital necessário para investir em algo seu, e já não se vêem dispostos a continuar trabalhando na condição de empregados, como antes. Porém, a alternativa que, em um primeiro momento, parece simples, merece planejamento e preparo. Afinal, a idéia, embora tentadora, na prática não é tão fácil assim.

Choque de realidade

Mesmo com toda a maturidade adquirida ao longo dos anos e de sua experiência de mercado, este profissional deverá passar por um choque de realidade, ao deixar o cargo atual e partir para a montagem do seu próprio empreendimento. Por este motivo, deve analisar muito bem a situação e verificar se está mesmo preparado antes de optar por este caminho.
As mudanças envolvem vários aspectos da sua vida, como rotina, proximidade ou não do trabalho, conforto, reconhecimento no mercado e orçamento. Tendo consciência disso, tudo ficará mais fácil de superar.

Da fama ao anonimato

Supondo que você já tenha feito a sua escolha, vamos aos fatos: se antes você era um grande executivo de uma forte multinacional, e tinha sempre um tapete vermelho estendido por onde quer que passasse, jantares com clientes e viagens internacionais com toda a mordomia, agora as coisas serão bem diferentes: é natural que estes mesmos contatos percam o interesse por você e que seu novo cartão já não impressione mais.
Pessimismo? De forma nenhuma. Trata-se apenas de uma constatação: se antes você era um grande executivo, agora é um grande batalhador, que terá que conquistar clientes, pleitear financiamentos e negociar muito. Por este motivo, é comum que algumas portas se fechem.
Sem falar em seu expediente: se antes você tinha uma rotina mais tranqüila, conquistada merecidamente após tanto tempo em uma mesma empresa, agora você terá que trabalhar muito mais, desempenhando múltiplas funções até que conte com uma equipe eficiente.
Isso porque, como o maior interesse de que o empreendimento dê certo é naturalmente seu, lutará pela captação de novos clientes, contratará funcionários e colocará a mão na massa, participando até mesmo da execução das tarefas.

Adeus regalias!

Se contava com secretária, assistente, motorista e, ainda, com todos os equipamentos de última geração, agora é você que terá que responder por sua agenda. Nem tudo funcionará da maneira como está acostumado e vivenciará situações muito diferentes do que estava acostumado.
É importante que planeje financeiramente sua decisão, pois não contará, logo de início, com grande faturamento. Para quem é empresário, remuneração é algo bastante variável, e é preciso estar com o orçamento em dia para vencer mais este obstáculo.
É claro que nem tudo é ruim, ao se escolher este caminho. O importante, porém, é estar preparado e ciente do que irá enfrentar. É preciso disposição e certeza de que é isso que quer fazer. Caso contrário, fica difícil cumprir esta meta. O ideal é que conte com o apoio de familiares e amigos. Afinal, eles sentirão também esta mudança.
Para que você não desanime, existem, claro, as vantagens: você trabalha para algo verdadeiramente seu, fará seus horários com o passar do tempo e fará valer seus objetivos. Isso significa que suas metas, bem planejadas, serão prioridade na empresa, já que o dono dela será você.
Analisados os prós e os contras, basta pensar a respeito e tomar sua decisão. A idéia é: não tenha pressa em tomar uma atitude e reflita muito sobre sua decisão. Todo caminho, bem planejado, tem mais chances de dar certo. Organize o seu e boa sorte!

WENDELL DA SILVA - wendellsb1@yahoo.com.br

Intel anuncia saída do projeto de 'laptop de US$ 100'

Empresa afirma que as partes chegaram a um ‘impasse filosófico’. Fabricante de chips tem seu próprio laptop de baixo custo, o Classmate PC.

A Intel anunciou nesta quinta-feira (3) que deixará de contribuir com o projeto One laptop Per Child (OLPC, ou Um Computador Por Aluno), que tem como objetivo levar notebooks de baixo custo a países em desenvolvimento.Essas máquinas, chamadas de XO, foram testadas por escolas públicas brasileiras no ano passado e ficaram conhecidas como o “laptop de US$ 100”. Atualmente, seu preço está em cerca de US$ 200, o dobro do valor proposto. “Chegamos a um impasse filosófico”, afirmou Chuck Mulloy, porta-voz da Intel, segundo o “New York Times”. “Nicholas Negroponte [desenvolvedor do projeto OLPC] quer nosso apoio exclusivo ao projeto”, continuou. Além de estar envolvida com o OLPC, a Intel tem seu próprio laptop popular para países em desenvolvimento, chamado Classmate PC. Walter Bender, presidente de software e conteúdo do OLPC, acusou a Intel de não cumprir suas promessas de cooperação com o grupo. Além disso, afirmou que a empresa insiste em boicotar as iniciativas relacionadas ao projeto. “O foco da Intel está voltado à competição e não ao aprendizado”, disse Bender, de acordo com o “NYT”. A Intel se juntou à iniciativa de Nicholas Negroponte em julho do ano passado, depois de conflitos envolvendo as duas partes. O XO utiliza um microprocessador da AMD, a principal concorrente da Intel.Segundo informações da Agência Estado, a companhia planejava anunciar um novo laptop de baixo custo OLPC com base em um microprocessador da Intel na feira de eletrônicos CES, que será realizada em Las Vegas, na próxima semana. Mas o representante da Intel saiu do conselho da OLPC e o novo equipamento foi cancelado.

Brenno Pamplona Cavalcante